Como uma Experiência de Intercâmbio Vai Mudar sua Vida (Parte III): Como uma Experiência de Intercâmbio Pode Melhorar sua Vida
Você está pensando em estudar inglês (ou outra língua) fora de seu país? Você provavelmente pensou sobre como isso vai melhorar suas habilidades em outra língua. Mas você considerou a multitude (grande número) de outros benefícios que um intercâmbio oferece a você?
Um intercâmbio é muito mais do que uma experiência de aprendizagem da língua – ainda que este seja um benefício que você não pode ignorar.
Na parte I desta série de três partes sobre intercâmbio cultural, eu falei sobre minha experiência pessoal de estudar fora na Alemanha, na Espanha e no Brasil. Na parte II, eu discuti cinco razões pelas quais você deveria querer uma experiência de intercâmbio.
Este artigo vai focar em como você vai mudar para melhor depois de ter uma experiência de intercâmbio. Com um intercâmbio você vai:
- Ter uma mudança na perspectiva de seu próprio país e de sua cultura
- Quebrar seus estereótipos preconceituosos
- Aumentar o seu desejo de conhecimento
- Melhorar o seu currículo
- Amadurecer como pessoa
- Criar relações internacionais
Estatísticas
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Primeiro, eu quero dar a você algumas estatísticas relativas a intercâmbio (coletadas pelo The Institute for the International Education of Students, ou IES, de estudantes de 1950 a 1999):
- Mais de 80% de ex-intercambistas concordam que estudar fora enhanced (melhorou) o interesse deles nos estudos acadêmicos.
- 96% dos estudantes entrevistados indicaram que eles acreditam que estudar fora aumentou a autoconfiança.
- 97% disseram que a experiência enabled (ajudou) eles a aprender algo novo sobre eles mesmos e serviu como um catalisador para o aumento da maturidade.
- 63% de quem estudou fora nas décadas de 1950 e 1960 ainda mantêm contato com os amigos que eles fizeram no exterior.
Se você quiser saber mais, dê uma olhada no ótimo artigo do IES, que tem ainda mais estatísticas sobre estudar fora.
Certifique-se de manter esses números em mente ao ler o resto do artigo.
Mude Sua Perspectiva Sobre Seu Próprio País
Você é nacionalista? Você acha que você vive no melhor país do mundo e que ele tem o melhor povo e o melhor governante?
Ou você acha que seu país é um fracasso? Que as pessoas na sua terra são frias, mal educadas, rudes? Ou que o seu governo não tem ideia de para onde levar o país e está só driving it into ruins (destruindo-o)?
Seja lá qual for sua ideia sobre o seu país, ela certamente irá mudar quando você voltar para casa depois de seu tempo abroad (fora de seu país de origem).
Para ser honesto, eu nunca fui patriota. Como eu disse na Parte I, depois de viver na Alemanha, eu me senti mais negativo em relação ao meu país, mas eu era novo e essa era uma visão ingênua.
Na Alemanha, eu achava que as pessoas da minha idade eram mais maduras.
Eu também amava ver como todo mundo era consciente sobre o meio-ambiente – eles reciclavam tudo que eles podiam, dirigiram carros menores, e nunca deixavam uma luz acesa quando não estavam no cômodo.
Quando eu voltei para os Estados Unidos, eu não entendia como as pessoas podiam dirigir em carros tão desnecessariamente grandes, deixar luzes acesas em todos os cômodos da casa (eu gritava com meus pais para desligá-las), e deixar todos os aparelhos ligados.
Eu não acho que mudar minha visão sobre os EUA nesse sentido foi necessariamente ruim, mas eu poderia ter respondido de uma maneira mais positiva, ao invés de ficar nervoso com as pessoas. Eu tinha uma nova perspectiva que as outras pessoas não podiam entender, porque elas não tinham tido a mesma experiência que eu.
Agora eu estou mais velho e mais maduro, então eu vi minhas outras experiências, na Espanha e agora aqui no Brasil, com mais discernimento. Eu pude refletir sobre os aspectos positivos dos Estados Unidos, ao invés de focar somente nos negativos.
Eu acho que essa é uma das coisas mais importantes a se considerar quando você voltar ao seu país de origem.
Os Estereótipos Não São Verdadeiros
Todo mundo que estuda fora aprende que os estereótipos que eles ouviram sobre certo(s) país(es) não são verdade. TODO MUNDO.
Alemanha
Eu falei sobre meus preconceitos sobre a Alemanha na parte I desta série. Eu ouvia que os alemães eram frios, rudes, bravos. Eu penso que quem começou esse boato se baseou em um dos discursos de Hitler.
Quando eu vivia lá, eu achei as coisas exatamente o oposto. A maioria dos alemães são muito amigáveis. Eles adoram estrangeiros. Eles adoravam que eu estivesse aprendendo Alemão. Eles são pessoas extremamente divertidas para sair, e adoram uma boa festa (assim como os brasileiros, americanos, espanhóis – pessoas em geral).
Então, não é de se estranhar que eu tenha me apaixonado pelos alemães. As pessoas são maravilhosas, e as pessoas são a coisa mais importante. Como eu disse na parte II, a parte número um do intercâmbio são os amigos que você faz para a vida toda.
Espanha e Brasil
Há estereótipos negativos parecidos com relação a espanhóis e brasileiros: eles são festeiros, eles não trabalham muito, eles são preguiçosos, estão sempre nus ou fazendo sexo.
Nada disso é verdade. Espanhóis e brasileiros estudam e trabalham muito, mais do que muitos norte-americanos que eu conheço. Eles só fazem festa nos finais de semana, durante as férias ou em festivais, e nunca antes de provas.
As pessoas pensam que os espanhóis são preguiçosos por causa da “siesta” (os negócios fecham durante o horário mais quente do dia e as pessoas podem cochilar). Mas se há algo importante para fazer, eles pulam a siesta. E as pessoas normalmente trabalham até mais tarde quando está mais frio. Isso não significa que eles são preguiçosos.
Assim como a promiscuidade, que não é mais comum do que em outros países onde eu vivi.
Os estereótipos positivos são todos mais do que verdade. Espanhóis e brasileiros são extremamente quentes e amigáveis. Brasileiros tem um senso de hospitalidades sem precedentes; eles o ajudam, tendo você solicitado ou não, e eles fazem de tudo, mesmo se eles não te conhecem muito bem. Poucos americanos que não te conhecem bem fariam isso, e se fizessem, eles provavelmente esperariam algo em troca.
No Brasil, se um amigo te chama para ficar na casa da família dele em outra cidade, você é tratado como se fosse da família. Se você precisa de ajuda para achar um apartamento, eles vão fazer ligações para você e vão com você falar com o proprietário.
Mesmo os costumes aqui no Brasil propiciam isso. Quando você vai a um bar, você divide uma garrafa de cerveja com seus amigos, e toda hora que você quer encher o seu copo, você enche o deles primeiro, mesmo se o copo deles estiver quase cheio. No ônibus, se você está de pé, alguém que está sentado vai sempre oferecer para carregar sua mochila (mesmo que eles não te conheçam!).
Na Espanha, meus amigos cuidavam de mim como se eu fosse um garoto. Eles são umas das melhores pessoas que eu conheci no mundo.
Nesses dois países, eu sempre tive ajuda de alguém quando eu precisei.
Você está interessado em saber mais estereótipos que os gringos têm sobre o Brasil? Clique aqui.
Arábia Saudita
Outra experiência que eu tive que mudou muito a minha perspectiva foi quando eu tive um colega de quarto árabe por alguns meses. Ele era um intercambista e tinha vários outros amigos árabes que às vezes vinham para nossa casa.
Eu não conhecia muito da cultura, mas eu sabia que o Islamismo tornava a vida restrita na Arábia Saudita. Por alguma razão, eu pensava que a vida devia ser chata por causa dessas restrições (obviamente parte disso é por causa dos estereótipos de países muçulmanos presentes nos Estados Unidos).
Nos EUA, e também nos países que eu vive, o álcool é parte da cultura. Beber é um instrumento social. Isso não significa que beber álcool é bom, mas é a isso que eu fui acostumado. Em todos os lugares que eu vivi era comum beber algumas cervejas e conversar com os amigos.
Então eu não tinha ideia do que os muçulmanos podiam fazer para se divertir com os amigos. Meu colega de quarto e seus amigos eram muito simpáticos e nos chamavam para ficar com eles. Eles traziam petiscos e pizza e dividiam conosco. E eles tinham um grande hookah (nargüile). Eles sentavam ao redor da sala para fumar, comer, conversar, brincar e rir…. exatamente como os americanos, espanhóis, e brasileiros. Mas, ao invés de cerveja, eles bebiam Sprite, e ao invés de consumir álcool, eles fumavam tabaco.
Os árabes sauditas que eu conheci eram muito simpáticos, e eles certamente sabiam como se divertir. De todas essas experiências, eu aprendi que não importa de que país e cultura as pessoas são, elas são todas muito mais parecidas do que diferentes. Pessoas são pessoas antes de mais nada, e a sua nacionalidade e cultura vêm depois. As necessidades e os desejos humanos são os mesmos, os costumes são diferentes.
Aumentar o Seu Desejo de Conhecimento
Na parte I, eu fiz a seguinte pergunta: “Onde eu estaria se nunca estivesse estudado fora?”.
Meu intercâmbio na Alemanha gerou uma nova sede em mim: o desejo de aprender novas línguas, de conhecer e experimentar novas culturas, e de conhecer pessoas de diferentes partes do mundo. Meus interesses seriam certamente diferentes se eu nunca tivesse tido minha primeira experiência de intercâmbio.
Muitas pessoas descobrem seus objetivos depois de estudar fora. Uma boa parte dos estudantes até mudam a área de estudo (nos EUA, nós chamamos isso de “major”).
Se você está perdido sobre o que fazer da sua vida, o que estudar, ou que profissão você quer seguir, então eu recomendo muito que você saia do seu país e veja o mundo. No mínimo, você vai querer aprender mais sobre uma nova língua, uma cultura, e uma história.
Amadurecimento
Nada vai fazer você grow up (se tornar adulto) como todas as lições que você aprenderá estando em uma nova cultura. Enquanto antes tudo era fácil (e entediante) porque você tinha ajuda de sua família e você falava a língua fluentemente, agora em sua experiência de intercâmbio tudo que parecia tão rotineiro vai se tornar um desafio.
Você terá que descobrir como usar um novo sistema de transporte público, e pedir ajuda e direção numa nova língua. Você cometerá erros diariamente por causa de mal entendidos, mas esses erros o ajudarão a aprender. E será melhor para você fazer muitas perguntas do que ficar perdido ou confuso, ainda que você se sinta envergonhado.
Se você escolher não morar em casa de família, você também terá outras responsabilidades. Talvez você esteja acostumado com seu pai ou sua mãe fazendo as tarefas na casa. Mas agora será de sua responsabilidade comprar mantimentos, cozinhar e limpar. E a comida provavelmente não será o que você está acostumado. Talvez você perceba que você screw up (fez algo errado) cozinhando espaguete, algo que você pensava que seria fácil.
Você vai aprender a rir de todos esses pequenos erros, e você aprenderá e se tornará mais responsável por causa deles. Você chegará em casa pronto para vencer qualquer situação.
Alavancar o Currículo
Cada vez mais, empresas estão procurando por trabalhadores multilíngues. Isso é especialmente importante em países como Brasil, onde o Inglês não é comumente falado. Após um intercâmbio, suas habilidades linguísticas e de comunicação estarão muito melhores. Alguém que só estudou inglês no próprio país não ficará confortável de falar inglês com falantes nativos. Mas após um intercâmbio, você ficará porque você já terá enfrentado o constrangimento e o desconforto de ser forçado a falar inglês. Você usará linguagem coloquial, então será facilmente entendido.
A empresa verá você como um recurso valioso por causa do que você aprendeu no seu intercâmbio sobre a cultura. Você saberá mais do que somente gramática. E você terá uma boa visão de mundo.
Depois do seu intercâmbio, certifique-se de discutir o que você aprendeu com ele. Não só das suas aulas de idioma ou da universidade, mas também de estar imerso numa cultura nova e estranha, tendo que se comunicar e superar vergonha, e coming out of your shell (superar a timidez) a fim de fazer amigos.
Intercâmbio Cultural e Relações Internacionais
Eu estudei Relações Internacionais na faculdade. Estudantes de RI são muito recomendados a estudar fora, porque isso muda a visão da pessoa completamente.
Sobre a minha experiência pessoal, eu acredito que se todo mundo estudasse fora, RI funcionaria melhor e não haveria guerras. Isso porque nós todos entenderíamos quão parecidos somos. Ninguém mataria uma pessoa se pensasse que essa pessoa é exatamente como ele. Mas nós justificamos assassinatos pelas diferenças sociais. O que, como eu disse, não faz sentido para mim, porque nós somos muito mais parecidos como seres humanos do que diferentes como americanos, brasileiros, árabes, etc.
Se você está interessado em aprender mais, então dê uma olhada neste interessante artigo da Secretária Adjunta de Estado dos Estados Unidos, Fabiola Rodriguez-Ciampoli, escrito sobre como estudar fora não só muda a sua vida, mas pode também mudar seu país.
Concluindo
Eu espero que este artigo em três partes tenha sido útil para você e sirva de inspiração para você começar a trabalhar sobre o objetivo de fazer um intercâmbio.
Você viu minha história, e algumas das minhas memórias de meus intercâmbios. Eu falei de algumas razões pelas quais você deve estudar fora, e agora você sabe como isso vai beneficiá-lo, mesmo depois que você voltar para casa.
Seja por três semanas ou por três anos, um intercâmbio será uma parte da sua vida que você nunca vai esquecer. Ele vai beneficiar você, sua visão de mundo, seus relacionamentos com as pessoas (independentemente de onde elas sejam), e sua vida profissional. Uma experiência de intercâmbio vai diferenciá-lo do resto. Eu prometo que você não vai se arrepender.
Se você gostou deste artigo, curta e compartilhe. Eu adoraria ouvir sobre sua experiência de intercâmbio e saber se ela se parece com a minha. Por favor, comente na caixa abaixo. Agora vá e experimente o mundo!
TRANSLATION: This article was translated to Portuguese by Flávia Almeida. Click here if you require translation services or if you are interested in becoming an RLE translator.
You're a lucky guy Ethan…
Awesome article!
Fantástico, Ethan! Também gostei muito!
Awesome Ethan I’ve just know people from the whole world here in Brasil and I share with you all you’ve written in these articles we are human been and have the same wishes, dreams and wanna be happy.