Inspire-se na linguagem musical e mude seu jeito de aprender inglês
Você sabia que uma pessoa pode aprender inglês quase da mesma forma que se aprende a tocar um instrumento musical?
Como professor de inglês e amante da música, sempre busquei possíveis pontos em comum entre esses dois tipos de aprendizagem. A partir da minha experiência docente, pude perceber que a maioria dos meus alunos que tocam algum tipo de instrumento tendem a pick up (aprender) inglês mais rapidamente.
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Baseado no meu artigo How to Learn English with Rhythm and Flow, acredito que a habilidade que os cantores demonstram ao projetarem a voz de várias formas faz com que tenham uma clara vantagem no quesito pronúncia. E os músicos que tocam instrumentos musicais? Por que, aparentemente, sempre aprendem um idioma com mais rapidez do que meus alunos que não tocam instrumentos?
Será que aprender uma língua e aprender a tocar um instrumento correspondem a um mesmo processo?
Iniciei uma pesquisa a partir dessa pergunta, e sem querer I stumbled accross (encontrei) Victor Wooten, com quem pude entender melhor as semelhanças entre aprender a tocar um instrumento e a falar um idioma.
Wooten é pentacampeão do prêmio Grammy de música e um professor incrível. Até hoje, compartilha com seus alunos, de todas as partes do mundo, sua visão inovadora sobre a música. Wooten irradia inspiração, e me ajudou muito a entender a relação entre aprender a tocar um instrumento e a aprender uma língua.
Vejamos o que ele tem a dizer. (Assista a este vídeo com legendas no YouTube ou no TED)
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Sensacional! Concorda com o que Wooten disse? Você acha que pode usar essas técnicas para aprender idiomas?
A fim de fixar bem a abordagem de Wooten, vamos analisar as principais ideias que ele brought up (mencionou) no vídeo.
Música como língua
O que a música e a linguagem oral têm em comum?
- A música, assim como a língua falada, representa uma forma de expressão, uma maneira de se comunicar com os outros.
- Ambas podem ser lidas ou escritas.
- Ambas podem mexer com uma determinada emoção.
- Elas te movem.
Uma das diferenças entre música e língua é que a primeira não precisa ser conscientemente entendida para mexer conosco.
Quais são os mitos que cercam o aprendizado de um instrumento / idioma?
Ainda que a música seja vista por muitos músicos como uma linguagem, raramente é considerada como tal pelo público em geral. A maioria das pessoas pensa que para aprender a tocar um instrumento, assim como uma segunda língua, é preciso aprender um monte de regras, estruturas e ter aulas com um professor especializado.
Essa forma de aprendizagem funciona, mas requer um tempo muito maior para que a proficiência seja alcançada.
Por que cometer erros é importante?
Será que você errava quando estava aprendendo sua língua materna? Claro que sim, e isso também acontece quando se está aprendendo uma segunda língua.
Você deve embrace (aceitar de bom grado) os erros e vê-los como uma oportunidade para evoluir. Você está tentando, e isso é o mais importante. Errar não significa que você seja estúpido, incapaz de aprender. Divirta-se e não se preocupe com o que outras pessoas possam dizer.
Wooten recomenda associar o ato de se aprender um idioma a uma criança tocando instrumentos imaginários (air guitar): não há notas erradas.
Neste vídeo, Benny, o poliglota irlandês, fala sobre sua experiência com a aprendizagem de idiomas e erros constrangedores.
Devo evitar falar inglês com aprendizes de nível avançado?
De jeito nenhum! Como eu havia dito, lembre-se de quando você era um bebê aprendendo sua língua materna. Você ouvia e falava com gente mais velha, ou seus pais te permitiam que você falasse apenas com outros bebês?
Essa abordagem de aprendizado tem um papel fundamental quando se está aprendendo um novo idioma. Quanto mais exposto você estiver à língua nativa, mais rápido será seu processo de aprendizagem. Se você pudesse falar apenas com pessoas que tivessem o mesmo nível de proficiência linguística que você, você seria um adulto tão logo conseguisse dominar por completo a língua.
Num exemplo ligado à música, Wooten diz que conseguir se comunicar com falantes proficientes é como tocar de improviso (tocar sem saber o que vem à frente, sem ensaio) com músicos mais experientes quando se é um iniciante.
Quando você estiver com pessoas que tenham um inglês fluente, aproveite a chance para improvisar com eles.
Tenho que saber todas as regras e estruturas para poder falar inglês?
Muito antes de aprender o alfabeto ou qualquer tipo de estrutura formal, uma criança já é capaz de falar sua língua materna. Ter muitas regras nas fases iniciais do desenvolvimento linguístico pode retardar o aprendizado, causar desmotivação e confusão.
Não seja tão rígido quanto à estrutura.
No começo, você precisa estar inspirado e motivado para aprender. Posteriormente, você pode voltar e analisar, mais detalhadamente, os aspectos mais teóricos do idioma, que ampliarão seu campo de compreensão e complementarão o que você tiver aprendido pela experiência.
Com que frequência devemos praticar?
Você deve praticar todos os dias.
Wooten recomenda que os alunos iniciantes passem mais tempo usando os instrumentos musicais do que com a teoria, e quanto mais eles tocarem de forma espontânea, mais autônomos se sentirão para se aperfeiçoarem.
Essa mesma abordagem pode ser aplicada ao aprendizado de uma segunda língua. Os alunos devem USAR a língua em contextos reais, de forma descontraída, e não apenas treinar num ambiente programado. Quanto mais usarem e tiverem prazer em usar o idioma, mais terão motivação e estudarão por conta própria.
A música nasce do músico, não do instrumento. O mesmo serve para a comunicação. Parte do falante, não da língua a ser falada.
O que você acha dessa abordagem de aprendizado?
Depois de assistir e contemplar as ideias de Wooten, você acredita que haja semelhanças entre aprender a tocar um instrumento e aprender um novo idioma?
Baseado nas ideias de Wooten, estou certo de que o que leva meus alunos que são músicos a aprenderem mais rapidamente é por já terem passado pelo mesmo processo de aprendizagem.
Todos esses pontos-chave, aplicados ao aprendizado de um instrumento, servem perfeitamente para o aprendizado de uma segunda língua. Meus alunos têm se beneficiado desses métodos que venho utilizando. Além de acharem mais interessantes, têm aprendido com mais rapidez.
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TRANSLATION: This article was translated to Portuguese by Rodrigo Penna. Click here for more information or if you are interested in becoming an RLE translator.